Pra quem gosta de jogos de ritmo, a realidade virtual é um prato cheio. Dá pra perder as contas que quantos jogos do tipo já foram lançados, com uma grande variedade de abordagens no gameplay. O mais bem sucedido deles, com certeza, é BEAT SABER, com sua bela sacada de misturar sabres de luz com GUITAR HERO, criando uma jogabilidade intuitiva e divertida que conquistou milhões de jogadores no mundo inteiro. OHSHAPE ULTIMATE é mais um dos jogos que tenta, à sua maneira, trilhar o mesmo caminho de BEAT SABER e cair no gosto do público. Será que ele consegue? É o que a gente vai tentar responder nesse review.

Assista aqui ao nosso vídeo-review:

OHSHAPE foi lançado originalmente pros PCs em 2019, ganhando depois versões pro PSVR1 e Oculus Quest. A versão ULTIMATE que chega agora ao PSVR2 traz de brinde uma das DLCs lançadas pro jogo, a Electro Party. Porém, ele não tem upgrade da versão do PSVR1, se você quiser terá que pagar preço cheio por ele.

Pelos trailers, dá pra ver que OHSHAPE se propõe a ser um jogo que mistura movimentos corporais com dança. É meio uma dança, meio ioga, depende de você. Nele, você precisa encaixar o corpo nas formas que vão surgindo na sua direção. E tem momentos que você precisa coletar moedas, desviar das barreiras amarelas e destruir as barreiras vermelhas na base do soco. Mas, quando eu vejo essas figuras vindo na minha direção, eu só consigo lembrar de um antigo quadro no Domingão do Faustão, chamado “De Cara No Muro”, onde os participantes tinham que encaixar o corpo nas formas que vinham na direção deles, pra não cair na piscina. Igualzinho ao OHSHAPE, tirando a parte da piscina.

A parte boa é que o jogo não exige muito espaço na sala. Você tem uma opção pra jogar em um espaço mais limitado, sem precisar sair do lugar. Ainda assim, é necessário atentar pros objetos na sua sala pra não sair batendo nas coisas, já que vários movimentos exigem que você abra os braços.

Ele tem quatro níveis de dificuldade, indo do fácil ao expert. No normal é até de boa, mas do difícil pra cima a coisa complica e é preciso prática. Ele não tem muitos modificadores. São apenas dois: precisão e velocidade. Aumentar ou diminuir o valor deles vai afetar sua pontuação. O menu tá todo em inglês, sem opções de idiomas. Mas isso não vai atrapalhar quem não souber inglês.

Um dos pontos mais importantes nos jogos rítmicos é a trilha sonora. E é preciso dizer que OHSHAPE não tem músicas famosas. A trilha é composta basicamente por músicas de academia. Músicas pra atividade física, você sabe como é. Ao todo, são mais de 40 músicas, divididas em quatro álbuns. Cada álbum tem um cenário diferente, que usa cores bem clean, enfatizando mais os elementos do gameplay. Vale destacar ainda que as versões de PSVR/PSVR2 não têm suporte aos mods disponíveis no Quest e nos PCs, onde os próprios jogadores podem adicionar músicas customizadas, ampliando de maneira absurda o setlist disponível.

Veja aqui o meu amigo PSVRafa jogando “Gangnam Style” no Oculus Quest:

Pros platinadores, fica aqui um aviso: essa platina é carniça. Um dos troféus exige que você jogue por 96 horas no total. Isso da quatro dias seguidos, sem parar. Outro troféu pede que você termine todas as músicas no Expert. Então, quem for atrás da platina vai suar, literalmente.

VALE A PENA?

De todas as abordagens que eu já vi em um jogo de ritmo, essa de OHSHAPE é a que eu menos gostei. Mas isso é gosto pessoal, pra você pode ser diferente. O fato é que não me empolga muito ficar brincando de encaixar o corpo nessas formas, parece meio bobo. Curto mais o gameplay de jogos como BEAT SABER, PISTOL WHIP, SYNTH RIDERS e mesmo o BODYCOMBAT, que é também da Odders Lab. Mas é inegável que o jogo funciona muito bem como atividade física, sendo bem desafiador nas dificuldades mais altas. Se você curtiu o gameplay, vai fundo. Ele é um jogo de ritmo que tenta fazer você entrar em forma, literalmente. NOTA: 7,5/10.

(Review feito no PSVR2/PS5, com mídia digital gentilmente cedida pela Odders Lab)

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